23.2.12

JESUS: Realidade ou somente um conceito de Fé?

 Por Paulo Roberto
Se perguntarmos para qualquer pessoa convertida, sobre a pessoa de Jesus, penso que a resposta imediata será: É o Cristo, o Messias, o Deus encarnado que morreu e ressuscitou, e está acima de todas as coisas!
Essa confissão, contudo,na prática, não parece ser verdadeira.
Com o advento do iluminismo, no século XVII, todos os saberes vigentes começaram a ser questionados, inclusive a religiosidade. As ciências, tais como a psicologia, antropologia, sociologia, começaram a ganhar terreno. Havia um senso comum de que as resposta da humanidade estavam no avanço científico.O tempo se passava, as ciências progrediam e o produto final disso era o iminente descarte de Deus.
Sendo assim, um camarada chamado Rudolf Bultman, se sentiu à vontade, a partir da exegese, para desmitificar a pessoa de Jesus. O que foi isso? A partir de criteriosos estudos, Bultman tentou criar uma biografia do Jesus Histórico, claro que sem sucesso, pois os evangelhos não deixam muitas pistas. O resutado disso foi a desmitificação, segundo Bultaman. Ou seja, ele chegou a conclusão de que o Jesus histórico nunca existiu; só o que existia era o Jesus da fé, criado pelo inconsciente coletivo de uma comunidade religiosa.
Eu pensei bem antes de escrever sobre isso, mas tomei a decisão depois de entender que isso nos afeta diretamente nos dias de hoje, o que ficará claro à frente!
Ao continuar e aprofundar seus estudos, Bultman chegou, com certa mágoa, concluir que não podia, de fato, afirmar a inexistência de Jesus . Contudo, seu trabalho deixou discípulos, tais com H. Braun, D. Sollen e P. van Buren, que radicalizaram ainda mais suas idéias e decretaram a morte de Deus; só o que ficou foi o Jesus da fé, que poderia se manifestar em qualquer lugar ou pessoa, até mesmo num ateu. Esse Jesus, deixou de ser uma pessoa e virou apenas um conceito.
A prática do amor, da fraternidade, da igualdade, da obediência desinteressada. Onde quer que isso aconteça, até mesmo num centro de candomblé, lá estará Jesus.
Quando digo que na prática, a confissão da igreja, não parece verdadeira, é precisamente porque, muitas vezes, para nós, Jesus não passa de um conceito de amor e fraternidade. A pessoa dele é esvaziada. E se não há pessoa, não há confronto. É muito fácil lidar com um conceito, apenas! Falo isso por causa do tamanho sincretismo existente em nossas igrejas, vários elementos de outras religiões, e isso inclui o judaísmo, em nossos cultos; vários -muitos mesmo- casais crentes se separando; milhares de ditos cristãos se esbaldando no carnaval -sem nenhum pudor de colocar suas fotos no facebook-; o homosexualismo entrando com uma força terrível na igreja; a cada vez maior comercialização do evangelho de Cristo; a cada vez menor relevância da igreja na sociedade e isso porque o "conceito" Jesus foi pulverizado e romantizado; cada vez mais,Jesus é colocado na mesma categoria de Buda, Ghandi, Confucio e etc.
O que esses camaradas acima esqueceram e parece que nós também, é que Jesus é muito mais que um conceito de fé. O Jesus que eu creio e me interpela, nasceu, cresceu, sofreu, amou, se alegrou, se entristeceu e, acima de tudo, me mostrou a salvação de Deus. O meu Jesus está, não na categoria de Buda ou Confucio, mas na categoria de Deus-homem, que ressuscitou dos mortos e reina para todo sempre.
Por isso não posso cre que Jesus se encontre em qualquer lugar, mas sim no coração que crê!
Vivamos, não pelos conceitos de amor vigentes, mas pelo paradigma da pessoa de Cristo!
Soli Deo Glori!
 Paulo Roberto coopera aqui no Protestadas
 

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